“Se a história permitir, posso retornar de navio a meu reino recuperado, saudando com um grande soluço a costa cinzenta e o reflexo de um teto sob a chuva. Posso ficar todo encolhido num canto de hospício, gemendo. Todavia, o que quer que aconteça, onde quer que ocorra a ação, alguém, em algum lugar, irá se pôr a caminho silenciosamente – alguém já se pôs a caminho; alguém, ainda muito distante, está comprando uma passagem, está tomando um ônibus, um barco, um avião; alguém chegou, vem andando na direção de um milhão de fotógrafos e, daqui a pouco, tocará a campanhia de minha casa.” [Vladimir Nabokov]